A internet é uma boa forma de passar o tempo mas não é a única forma de passar a vida

18.4.20

Retalhos da vida...

Filhos únicos

Não há dor maior que a morte de um filh@ seja únic@ ou não. É contranatura os filhos irem antes dos pais. Mas, infelizmente, acontece e muito. Se é únic@ a dor é maior pois vai de vez sangue do seu sangue e nada mais lhe resta.

Há muito tempo que já não o via. Trabalhara comigo na mecanização nos CTT e, como acontece muitas vezes, vão para outros departamentos e perdemos-lhes o rasto.

Um dia aparece. Trazia pela mão um pimpolho. Como tinha casado tarde perguntei-lhe se era o neto. Não, era filho!

Então contou-me a história da vinda daquele filho tão 'tardio'. O casal tinha uma filha já com 12 anos. A pequena um dia falou com os pais e disse-lhes: «Vocês já viram se um dia me 'faltarem' não tenho mais ninguém? Quando vão à terra, é uma alegria o reencontro com os vosso irmãos. Passamos ali dias felizes em convívio. Eu não terei essa sorte, pois não tenho um irmão para poder abraçar.»

Os pais pensaram nas palavras da filha e, meses depois, nascia o menino.

foto: eu com o meu neto

2.4.20

Quarentena

Hoje entrei no 15° dia e último sem fazer a barba, nem no tempo da tropa e no mato estive tanto tempo.

Procurei nestes dias cumprir zelosamente o estado de emergência decretado pelo governo. Treinei sempre só (não custou nada pois há quase 30 anos de corridas que o faço), estive sempre à distância considerada segura, o que num supermercado é muito difícil, e não foi por mim que alguém tenha sido infectado.

O estado de emergência vai continuar, vai continuar por causa daqueles que não tiveram em conta a potencialidade mortal deste vírus, e agora com mais restrições à liberdade individual de cada um de nós.

Amanhã esta barba vai abaixo, que o vírus vá também o mais rapidamente possível, mas isso só depende da nossa conduta futura.