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28.9.05

A origem do Homem!...

''Os nossos ouvidos, habituados desde os primeiros anos a ouvir as suas histórias falsas, e os nossos espíritos, imbuídos desses preconceitos desde há séculos, conservam como um depósito precioso essas suposições fabulosas... de tal forma que fazem aparecer a verdade como uma extravagância e dão a lendas adulteradas a aparência da verdade''

Isto foi escrito por Sanconíaton há 4000 anos.


 Teria sido o Homem um erro da Criação? Que dizer das lendas sobre o aparecimento do Homem ao cimo da Terra? Sabemos que as lendas têm um fundo de verdade. A transmissão era feita de pais para filhos através da palavra e algo se perdeu na poeira do tempo.

 O que pensarão outros povos sobre o aparecimento do Homem? Será baseado nos mesmos aspectos bíblicos que nós? Claro que não. Cada povo com o seu uso, cada roca com o seu fuso. Então vamos ler as lendas sobre o assunto, dos povos que fazem parte do Mundo em que vivemos.

Diz a Bíblia

 Na história bíblica da criação do mundo há uma referência de que o primeiro homem, Adão, seria um andrógino, já que remover uma costela de Adão, para dessa parte criar a mulher, tem óbvia equivalência de sentido com dividir um andrógino primordial. A sugestão aparece implícita quando o texto bíblico diz: “E Deus criou o homem à sua imagem; na divina imagem ele os criou; macho e fêmea os criou” (Génesis 1:27). Se os criou “macho e fêmea” à sua imagem, seria Deus masculino ou feminino? O Midrasb Rabbah, a mais autorizada obra judaica de interpretação do Génesis, diz textualmente (em 8:1): “Quando o Sagrado, Abençoado seja Ele, criou o primeiro homem, Ele o criou andrógino”.

 Mas o que diz a lenda no Andes sobre o aparecimento do Homem na Terra?


 Na Era Terciária (há cerca de 5 milhões de anos), quando ainda não existia qualquer ser humano sobre o nosso planeta, povoado apenas por animais fantásticos, uma astronave brilhante como o ouro pousou sobre a ilha do Sol do lago Titicaca.
 Dessa astronave desceu uma mulher semelhante às mulheres actuais quanto ao corpo, dos pés até aos seios; mas tinha a cabeça em forma de cone, grandes orelhas(1) e mãos apalmadas com quatro dedos.
 O seu nome era Orejona (grandes orelhas) e vinha do planeta Vénus onde a atmosfera é mais ou menos análoga à Terra.
 As suas mão indicavam que existia água em abundância sobre o seu planeta original e que representava um papel primordial na vida dos Venusianos.
 Orejona caminhava verticalmente como nós, era dotada de inteligência e tinha, sem dúvida, a intenção de criar uma humanidade terrestre, pois teve relações com um tapir, animal rugidor, que andava a quatro patas. Ela gerou vários filhos.
 Essa prole, oriunda de um cruzamento monstruoso, nascia com dois peitos e uma inteligência diminuta, mas os órgãos reprodutores mantinham-se os do tapir-porco. A raça estava fixada.
 Um dia, terminada a sua missão, ou talvez cansada da Terra, e desejosa de voltar a Vénus, onde podia ter um marido à sua imagem, Orejona levantou de novo voo na sua astronave. Depois disso, os seus filhos procriaram, dedicando-se sobretudo ao destino de seu pai-tapir, mas na região de Titicaca uma tribo, que se mantinha fiel à memória de Orejona, desenvolveu a sua inteligência, manteve os seus ritos religiosos e foi o ponto de partida das civilizações pré-incas.
 Eis o que se encontra escrito no frontão da Porta do Sol em Tiahunaco.


 (1)Os Grandes Orelhas (ou Orejones) formavam uma casta superior na América do Sul, e emigraram até à ilha de Páscoa. As estátuas gigantes de Páscoa e de Bamiyan têm todas grandes orelhas e é curioso notar que os Budas da Índia têm igualmente a mesma particularidade.


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