Os jovens de hoje gostam do luxo.
São mal comportados,
desprezam a autoridade.
Não têm respeito pelos mais velhos
e passam o tempo a falar em vez de trabalhar.
Não se levantam quando um adulto chega.
Contradizem os pais,
apresentam-se em sociedade com enfeitos estranhos.
Apressam-se a ir para a mesa e comem os acepipes,
cruzam as pernas
e tiranizam os seus mestres.
Isto já dizia o filósofo Sócrates, há mais de 2000 anos (470-399 A.C.)
Quando somos filhos, temos sempre uma guerra de gerações com os nossos progenitores. Já no passado assim era e assim será no futuro. Quando apareceram em casa os The Beatles, The Rolling Stones e outros conjuntos da época, era uma ‘pega’ tramada pois aquilo era barulho demais para os ouvidos do meu pai, habituado a outro estilo de música. A minha mãe mais comedida, não entrava nessa luta pois isto é mais luta de ‘galos’ cada um procurando ocupar um espaço que pertence a outro. Assim é na vida selvagem, assim é na vida humana.
Mas o tempo, esse conselheiro silencioso, faz a sua parte e ao barulho do rock pesado, por exemplo dos Metallica que os meus filhos punham a tocar, aquilo já era barulho a mais para a minha ‘camioneta’ e, tal como o meu pai, não queria aquele barulho que até as paredes estremecia.
Os filhos fazem o seu papel, nós pais o nosso e, mais tarde, vemos os nossos filhos já pais, a percorrerem o nosso caminho.
Ei, meu Pai
Eu era 'inda menino e você me chamou
Mostrou-me os caminhos e me ensinou
Aquele que julgava ser melhor, meu Pai
E eu segui.
Ei, meu Pai
Você só não falou das coisas tristes, Pai
Você não me falou das amarguras, não
Por todas que eu teria que passar, meu Pai
(...)
Ah, meu Pai
Perdoa-me por eu estar falando assim
Às vezes eu esqueço e, penso só em mim
E eu sei nossos caminhos são iguais...
in ‘Ei meu Pai’ – Demétrius
Mimem os vossos pais enquanto eles cá estão.
foto: os meus pais ‘coloridos’ por mim de uma foto a preto e branco
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