Há sempre luz onde dantes foi um quarto. Dele, só restam as paredes e pequenos fragmentos de tijoleira.
As ervas e as raízes das árvores apoderaram-se do que um dia tinha servido de habitação.
Os risos das crianças (se é que as houve), ainda devem perdurar enquanto há luz.
À noite, o silêncio é cortado pelo piar de algum pássaro madrugador. As paredes servem de refúgio às lagartixas, as mariposas pousam, as cobras deambulam.
Há sempre luz neste quarto, nem que seja a luz da lua. Agora, não passa de um amontoado de ruínas.
texto e foto: Mário Lima
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