Intróito:
Hoje é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Esta semana um invisual morre ao cair na linha do comboio por falta de algo que pudesse "dizer" ao invisual que a plataforma acabava ali e que para lá era a morte. Os diversos governos prometem e não cumprem. Os nossos deficientes continuam a via sacra, pedindo a quem de direito que olhem para eles e não por eles. Eles, os deficientes, sabem que neste mundo cruel, a deficiência não está na sua deficiência, a deficiência está na cabeça de quem nos governa, o maior cego não é aquele que não vê, é aquele que não quer ver.
Este texto foi repescado, é a minha homenagem àqueles deficientes que comigo trabalham. Para eles toda a sorte do mundo na pouca sorte que tiveram em terem nascido ou ficado assim.
Sentado, ia bebericando o meu café. Ouço uma algazarra e, de repente, surgem perante os meus olhos uma dezena de jovens.
- Bom dia – disse eu – mais um dia de trabalho?!
- É verdade – respondiam eles conforme se iam confrontando comigo e, como hoje é Segunda, uma boa semana para si.
- Obrigado, também para vocês.
Lá me iam cumprimentando e dando um aperto de mão, os mais afoitos, enquanto outros acenavam. Olhei para eles, homens e mulheres feitos e, imaginei como deveria ter sido a meninice. Cheia de dificuldades na adaptação a um mundo só deles, onde o futuro é incerto mas o presente uma realidade. Vão trabalhando, dando o melhor de si em tarefas que se adaptaram à sua forma de ser e não eles que se adaptaram às tarefas. São jovens deficientes.
Quando o ovo da vida se abriu, como barqueiro que sai do seu barco, o sol que brilhou para eles afinal, não era igual,... ao brilho de outros sóis.
Hoje é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Esta semana um invisual morre ao cair na linha do comboio por falta de algo que pudesse "dizer" ao invisual que a plataforma acabava ali e que para lá era a morte. Os diversos governos prometem e não cumprem. Os nossos deficientes continuam a via sacra, pedindo a quem de direito que olhem para eles e não por eles. Eles, os deficientes, sabem que neste mundo cruel, a deficiência não está na sua deficiência, a deficiência está na cabeça de quem nos governa, o maior cego não é aquele que não vê, é aquele que não quer ver.
Este texto foi repescado, é a minha homenagem àqueles deficientes que comigo trabalham. Para eles toda a sorte do mundo na pouca sorte que tiveram em terem nascido ou ficado assim.
Sentado, ia bebericando o meu café. Ouço uma algazarra e, de repente, surgem perante os meus olhos uma dezena de jovens.
- Bom dia – disse eu – mais um dia de trabalho?!
- É verdade – respondiam eles conforme se iam confrontando comigo e, como hoje é Segunda, uma boa semana para si.
- Obrigado, também para vocês.
Lá me iam cumprimentando e dando um aperto de mão, os mais afoitos, enquanto outros acenavam. Olhei para eles, homens e mulheres feitos e, imaginei como deveria ter sido a meninice. Cheia de dificuldades na adaptação a um mundo só deles, onde o futuro é incerto mas o presente uma realidade. Vão trabalhando, dando o melhor de si em tarefas que se adaptaram à sua forma de ser e não eles que se adaptaram às tarefas. São jovens deficientes.
Quando o ovo da vida se abriu, como barqueiro que sai do seu barco, o sol que brilhou para eles afinal, não era igual,... ao brilho de outros sóis.
1 comentário:
Não podia estar mais de acordo com este belo texto....a deficiência no ser humano não impede de viver desde que tenham meios adequados para viver.
Beijs
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