Depois dos sucessos dos anos 60, houve o período revolucionário, onde surge a Canção de Intervenção e os seus “cantautores” que cantavam não só letras dos próprios como de grandes poetas; José Carlos Ary dos Santos, Manuel Alegre, Sophia de Melo Breyner, Fernando Assis Pacheco entre outros.
No entanto o mundo não parava e, assim, depois do período revolucionário, entra-se numa outra década de grande espírito criativo, os Anos 80. Esta década foi fértil em novas aventuras, séries de grande qualidade e músicas que ainda hoje permanecem no imaginário de muitos de nós.
No vestuário, lembro-me das grandes ombreiras (hoje rio-me disso mas na época era assim), os cabelos coloridos, muitos berloques nos braços e cores extravagantes, lacinho de tule no cabelo. Os homens lá tinham o seu sapatinho de bico fino, pontapé em bola era furo de certeza. Os “All Star” estavam na moda e calças com listinhas era muito prá "frentex".
No cinema como esquecer o «E.T.» de Steven Spielberg. Um extaterrestre com a cabeça que parecia uma batata mirrada, foi um dos maiores sucessos da história do cinema. Na televisão surgia MacGyver, um super-engenhocas, «Verão Azul» (série espanhola),
«Duarte e Companhia», a «Rua Sésamo» e o «Sítio do Pica-Pau Amarelo» (Emília, Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci) que fizeram as delícias da garotada, Alf, Herman no «O Tal Canal» ("Com rebuçados Vilaça, a tosse logo passa!"), «Modelo e Detective», «Miami Vice»...
Séries que não perdia, quando não podia ver em directo deixava a gravar, eram «Shogun» com Richard Chamberlain no papel de um piloto de um navio inglês (Major John Blackthorne) e a série «Norte e Sul» que contava a história de dois amigos, um do Norte e outro do Sul, que tentam manter a sua amizade apesar da guerra civil, George Hazard era interpretado por James Read e Orry Man, por Patrick Sawayze. Que maravilha de séries.
Ah, e havia o «Dallas» com o "terrível" J.R. (Larry Hagman) a fazer das suas, Bobby (Patrick Duffy), Pamela (Victoria Principal) e mais nomes de gabarito. Tanto os guionistas esticaram a corda que depois foi um fim imerecido para uma série que nunca mais acabava.
Surge em força o «Cubo de Rubik», que fez a cabeça à roda de tanto pessoal que até chegava ao ponto de tirar as peças para colocar no sítio certo pois não conseguia resolver o problema de outra forma. E como se não bastasse, até em porta-chaves lá vinha o famoso cubo só pra chatear.
Na música, depois das Baladas e Trovas do Vento que Passa, o país entrou na "normalidade" (hoje até parece que não houve Abril, o país está à deriva, fracassado e paupérrimo devido a quem Abril as portas abriu. Voltámos ao Futebol, Fátima e se não há Fado, há telenovelas de gosto duvidoso, a encherem horas de programação. O povo que em Abril de 74 agitou o cravo, hoje fica quieto na pasmaceira da vida, com os olhos vidrados na menina que só não casa com o cavalo porque isso ainda não é permitido), surge uma "loira" que juntamente com um negro que ficou sendo o negro mais branco da história, revitaliza a época com grandes êxitos. Madonna e Michael Jackson (o seu album Triller foi o mais vendido de todos os tempos). Os U2, Cindy Lauper, A-hA, Prince, Depeche Mode, Culture Club, Guns N' Roses, Def Leppard, Dire Straits, Supertramp, The Smiths, Duran Duran são outros que muito sucesso fizeram.
No entanto o mundo não parava e, assim, depois do período revolucionário, entra-se numa outra década de grande espírito criativo, os Anos 80. Esta década foi fértil em novas aventuras, séries de grande qualidade e músicas que ainda hoje permanecem no imaginário de muitos de nós.
No vestuário, lembro-me das grandes ombreiras (hoje rio-me disso mas na época era assim), os cabelos coloridos, muitos berloques nos braços e cores extravagantes, lacinho de tule no cabelo. Os homens lá tinham o seu sapatinho de bico fino, pontapé em bola era furo de certeza. Os “All Star” estavam na moda e calças com listinhas era muito prá "frentex".
No cinema como esquecer o «E.T.» de Steven Spielberg. Um extaterrestre com a cabeça que parecia uma batata mirrada, foi um dos maiores sucessos da história do cinema. Na televisão surgia MacGyver, um super-engenhocas, «Verão Azul» (série espanhola),
«Duarte e Companhia», a «Rua Sésamo» e o «Sítio do Pica-Pau Amarelo» (Emília, Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci) que fizeram as delícias da garotada, Alf, Herman no «O Tal Canal» ("Com rebuçados Vilaça, a tosse logo passa!"), «Modelo e Detective», «Miami Vice»...
Séries que não perdia, quando não podia ver em directo deixava a gravar, eram «Shogun» com Richard Chamberlain no papel de um piloto de um navio inglês (Major John Blackthorne) e a série «Norte e Sul» que contava a história de dois amigos, um do Norte e outro do Sul, que tentam manter a sua amizade apesar da guerra civil, George Hazard era interpretado por James Read e Orry Man, por Patrick Sawayze. Que maravilha de séries.
Ah, e havia o «Dallas» com o "terrível" J.R. (Larry Hagman) a fazer das suas, Bobby (Patrick Duffy), Pamela (Victoria Principal) e mais nomes de gabarito. Tanto os guionistas esticaram a corda que depois foi um fim imerecido para uma série que nunca mais acabava.
Surge em força o «Cubo de Rubik», que fez a cabeça à roda de tanto pessoal que até chegava ao ponto de tirar as peças para colocar no sítio certo pois não conseguia resolver o problema de outra forma. E como se não bastasse, até em porta-chaves lá vinha o famoso cubo só pra chatear.
Na música, depois das Baladas e Trovas do Vento que Passa, o país entrou na "normalidade" (hoje até parece que não houve Abril, o país está à deriva, fracassado e paupérrimo devido a quem Abril as portas abriu. Voltámos ao Futebol, Fátima e se não há Fado, há telenovelas de gosto duvidoso, a encherem horas de programação. O povo que em Abril de 74 agitou o cravo, hoje fica quieto na pasmaceira da vida, com os olhos vidrados na menina que só não casa com o cavalo porque isso ainda não é permitido), surge uma "loira" que juntamente com um negro que ficou sendo o negro mais branco da história, revitaliza a época com grandes êxitos. Madonna e Michael Jackson (o seu album Triller foi o mais vendido de todos os tempos). Os U2, Cindy Lauper, A-hA, Prince, Depeche Mode, Culture Club, Guns N' Roses, Def Leppard, Dire Straits, Supertramp, The Smiths, Duran Duran são outros que muito sucesso fizeram.
1 comentário:
Sem dúvida os grandes anos 80!!! Iniciei essa década com 5 anos e termineia-a com 15 (não é preciso fazer as contas :))) e foi de facto notável em todos os campos.
Para além das míticas séries televisivas importadas já referidas saliento ainda a Dinastia (Joan Collins) e o Falcon Crest (Lorenzo Lamas), tivemos a nível nacional grandes sucessos como o 1,2,3 (Bota Botilde), a 1ª novela portuguesa de seu nome Vila Faia, o Sabadabadu com Ivone Silva e Camilo de Oliveira...
Desportivamente tivemos o FC Porto Campeão Europeu (1986/87), o Benfica como vice-campeão europeu (1987/88 e 1989/90), a selecção em Campeonatos da Europa (1984, brilhante) e Mundo (1986, vergonhoso)...
No mundo cinematográfico os êxitos somava-se uns atrás de outros com filmes como Mad Max, Exterminador Implacável, Rambo, Rocky, Gelado de Limão... são vários e a listagem enorme... mas há um particularmente que não poderia deixar de mencionar (já o fiz em sede de Facebook) e que está hoje em cartaz na sua sequela: TRON!!! Estreia absoluta em 1982 (não havia internet e a tecnologia de ponta eram faxes e pagers), vi-o no cinema Royal na Rua da Graça (hoje transformado em Pingo Doce)
Ao escrever surgem tantos e tantos nomes de músicas, séries, filmes, situações que marcaram essa década que ficaria durante largos tempos a enumerar tudo...
Mas deixemos espaço para outros comentários, quiçá complementares,de quem record com um sorriso nos lábios.
Grande abraço e parabéns pela iniciativa
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