Caminhando junto ao mar, ouvem-se gritos aflitivos de uma mulher. Sentada na areia, contorcia-se com dores. Outra mulher segurava-a enquanto iam chamar o nadador salvador a fim de prestar a assistência devida.
Uma multidão logo se juntou cada um formulando a sua opinião tipo sapateiro na Praça de Veneza. Naquela altura qualquer 'sapateiro' dava palpites mas, a mulher contorcendo-se com dores, nem os ouvia. A dor era num pé.
Chegaram os rapazes e logo ouviram insultos, que tinham demorado muito tempo e que não deviam perceber nada daquilo. Com calma e sem ligarem às provocações, verificaram que a senhora tinha sido picada por um peixe-aranha. Os nadadores salvadores têm um kit para estas situações.
Sentaram a senhora numa cadeira e trataram-na. Os 'sapateiros' envolventes baixaram a cerviz e retiraram-se assobiando para o lado, como o que tinham dito aos rapazes tinha sido por outros e não por eles.
Mar encapelado. Ondas de mais de metro e meio. Uma senhora com um peso considerável, olhava para aquelas ondas como as desafiando. Tanto olhou, que nem reparou numa onda enorme que vinha a praia beijar.
Vira-se e esta apanha-a em cheio pelas costas. A 'bola' rebola e, devido ao peso, não consegue levantar-se... e o mar puxa-a para o seu interior. Sorte dela que, a pouca distância, duas jovens apercebendo-se da situação, a seguraram a tempo (mas eu já lá ia em socorro).
Bola de Berlim grita o vendedor. E hoje comi a primeira bola de Berlim desde que aqui estou
Há mar e mar, há ir, respeitar e aproveitar.
São servidos?
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