Mário sinto esse teu desejo de escapulires da vida. Que batalha travas dentro de ti. Essa ponte de tédio que te separa do outro está a desmoronar-se. Olhas e nada mais vez que um fim que te liberte das amarras do teu íntimo. Ser ele ou ser ela, ó que dor! Sentir a seda a escapulir pelo corpo ó que delírio! Mário porque não mais lutaste e deixaste o grifo alado tomar-te nos braços e desaparecer... para sempre?!... Para sempre não Mário pois agora, é que te compreendemos!...
... e a tua sombra Mário?!... seria o outro ou, simplesmente... tu!
... e a tua sombra Mário?!... seria o outro ou, simplesmente... tu!
na voz de Adriana Calcanhoto
Lisboa, Fevereiro de 1914.
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